segunda-feira, 16 de novembro de 2009

Poesia Eduardo Alves da Costa



Na primeira noite eles se aproximam,
roubam uma flor do nosso jardim.
E não Dizemos nada.
Na segunda noite eles ja não se escondem,
pisam nas flores , matam nosso cão.
E não dizemos nada.
Até que um dia o mais frágil deles entra
sozinho em nossa casa, roubam a luz e conhecendo
nosso medo arranca-nos a voz da garganta.
E ja não podemos dizer nada.

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